Perdido em meio a minhas postagens achei um desabafo de dois anos atrás, mas que se eu tivesse escrito hoje não mudaria nem mesmo uma linha. Não sei se fico feliz ou triste por isso. Triste porque continuo sem a capacidade de organizar as minhas ideias e feliz porque consegui escrever alguma coisa que fizesse sentido em qualquer tempo que fosse. Eis o desabafo:
Então eu chego em casa depois de um dia nada produtivo e nem um pouco especial e reparo que não só o meu quarto, mas a minha cabeça e meus sentimentos estão mais bagunçados do que eu quero admitir. Dobro as roupas, junto os livros, coloco os sapatos no lugar e sento para pensar em como dobrar, guardar ou empilhar todos os pensamentos que estão jogados sem nenhuma ordem na minha cabeça. Por alguma razão, não consigo encontrar lugar pra nada e tampouco serventia, não consigo colocar em algum canto e nem jogar nada fora, mas era necessário. Já dizia a minha mãe que nada funciona no meio da bagunça e por isso empenhei ao máximo pra dar uma ordem ao tudo. De nada adiantou. Pensamentos, por mais formados que sejam, não são coisas e, portanto, não podem ser dominados, juntados ou colocados no fundo da gaveta. Ideias são feitas para ficarem jogadas e encontradas, a seu tempo, no meio da desordem.



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